2. STING EXPULSA DUTILLEUX DEVIDO A ENRIQUECIMENTO PESSOAL (1990) : INTRODUÇÃO 

 

 

Em abril de 1990 é transmitido pela primeira vez o documentário Sting and the indians ("Sting e os Índios"), parte de uma série de documentários de investigação chamada "World in Action". A série é produzida pela Granada TV. O documentário será transmitido no canal A&E, nos Estados Unidos. 

Como descrito no site “RainforestFoundation.com”, esse documentário é perturbador para Sting, para sua mulher Trudie Styler, mas totalmente esmagador para Jean-Pierre Dutilleux. O programa não está atualmente disponível na internet, mas nós conseguimos acessá-lo.

Anexo 007 - Comentário sobre o documentário "World in Action" pelo site RainforestFoundation.com

par le site RainforestFoundation.com

Comentário no site RainforestFoundation.com (inglês)

Versão em PDF (inglês)

Sobre o livro "Amazônia luta pela Vida” (Amazonie Lutte pour la Vie / "Jungle Stories"), vendido comercialmente com a menção "todos os direitos vão para a Fundação", o documentário afirma que Dutilleux teria recebido um adiantadamento de 100 mil dolares (algo em torno de 150 mil euros nos dias de hoje, ou 570 mil reais ). Tal soma pode ser negociada com o editor Jean-Claude Lattès devido a notoriedade de Sting, então no auge de sua carreira.  Um adiantamento médio para um livro ilustrado para um autor com a notoriedade de Dutilleux, na época seria provavelmente em torno de 8 mil euros (valores de 2016). Com adiantamento dessa magnitude, o livro não pode provavelmente gerar quaisquer "royalties" (ou seja, um lucro além do valor do adiantamento) através da primeira tiragem. O livro não teve uma segunda tiragem e é provável que nenhum "royalties" tenha sido dado à Fundação RainForest. O golpe de Dutilleux, que negociou o contrato é inteligente e totalmente imoral. Felizmente, Sting devolveu ele mesmo esse dinheiro.

Foto: O Chefe Sioux Floyd Westerman (Red Crow), o cantor Sting, o líder Raoni e Jean-Pierre Dutilleux na promoção da versão inglesa do livro "Amazônia, luta pela Vida”, que deveria gerar fundos para a Fundação RainForest. Co-autor juntamente com Sting, Dutilleux será acusado de enriquecer com seu livro e como resultado foi expulso da Fundação RainForest.

No documentário World in Action, Dutilleux joga com as palavras, ele nega que se trata da questão de direitos autorais. No entanto, confirma-se que Dutilleux não reembolsou o adiantamento dos cofres da fundação, como Sting, seu co-autor, que o deixou negociar o contrato com toda a confiança.

A mulher de Sting afirma por outro lado, em frente a uma câmara, que "nós estamos pressionando o Sr. Dutilleux para que ele devolva seu adiantamento à Fundação" ao que Sting acrescenta "Eu não tenho nenhum poder sobre ele, eu não sou seu tutor". Jean-Pierre Dutilleux nunca devolveu seu adiantamento. Isso foi motivo de sua expulsão da matriz da Fundação Rainforest algumas semanas mais tarde. 

World in action também revela uma história um pouco mais antiga, extremamente embaraçante para Jean-Pierre Dutilleux. Ele é acusado pelo fotógrafo Alexis de Vilar de ter desviado fundos de um jantar de gala organizado para o filme Raoni no Teatro Chinês em Hollywood em 1979. Veja na seção 1 para obter mais detalhes.

 

SUMÁRIO GERAL :

JEAN PIERRE DUTILLEUX, A BARRAGEM BELGA DA AMAZÔNIA

1. POR TRÁS DO FILME “RAONI” (1979 – 2015)

2. STING EXPULSA DUTILLEUX DEVIDO A ENRIQUECIMENTO PESSOAL (1990)

3.UM BELGA EXPLORA OS ÍNDIOS DA AMAZÔNIA E TENTA UM GOLPE DE 5 MILHÕES DE $ NA EUROPA (1991)

4. UM DEPÓSITO ILÍCITO DA MARCA RAONI (2010)

5. DUTILLEUX PROIBIDO DE ENTRAR EM TERRITÓRIO KAYAPÓ E PERSEGUIDO POR VENDA DE FOTOS (2000-2004)

Anexos do documento